sexta-feira, 12 de março de 2010

Cantigas de verão

Se hoje é domingo e se pede cachimbo é só porque é o sétimo dia e nele Deus cansou de brincar de construir o mundo e passou a cultivar o ócio burguês (e logo viria o LEGO para entretê-lo mais um pouco) com suas meias de pele de ovelha e com um esfumaçador de ouro feito pelas virgens cegas do Himalaia a 12 centavos a hora. Com seus grandes braços e sua longa barba neo-hippie judaica, ele aproveita as ervas - que criou depois do céu e dos rios - em seu lindo sofá novo (“ora, é divino”, diriam uns), com a cabeça do alce (não, não era touro) ao lado da Marilyn emoldurada de Andy Warhol.

E se a fraqueza é um ingrediente do espírito e tudo vai virar autofagia de buraco negro em que a queda (ou revira-volta) é inevitável, então, mutante mutantes, Deus vai continuar entediado em seu sofá tentando lembrar quem joga no domingo, que horas que tem que acordar amanhã e se esquece de terminar o mundo.

Postado (sempre) por: Katch-a-Fire.

sábado, 20 de fevereiro de 2010









Roberto Carlos declara:

Broto-ssauro é o bixo, mora?

A Matula – produção, edição, ilustradores e quem mais tava desocupado fingindo que tomava o cafezinho da Dona Nô - procurou o Rei, perdido entre cruzeiros e especiais de fim de ano, para uma entrevista exclusiva. Como sempre, propomos um tema e assim temos a nossa matéria sobre ...

“A PRÉ HISTÓRIA AOS OLHOS DO REI”

A Matula – Roberto, posso chamá-lo assim? (ele consente).Bem, como você deve saber temos variadas tendências historiográficas acerca do tema “Pré História”, inclusive sobre essa nomenclatura. Do que você mais gosta quando lê sobre a pré-História?

Roberto Carlos – Putz bixo, é difícil falar de uma coisa só, mora? 5 bilhões e sei lá quantos anos de Hishtória é muita coisa, muito grilo, muita farra!! (risadas). Maish curto meshmo são os dinossauros, bixo.

AM – É mesmo? E por quê?

RC – Ah, não sei direito não, bixo, mas esse negócio de sei lá o que Sauro, tipo sobrenome, mora?, é demais! (levanta da cadeira, animado)...e aquele lá, qual é o nome? Ah! Broto-ssauro...Broto-ssauro é o bixo, mora? Devia ser um baita dum dinossauro papo-firme meishmo!

(todos caem na risada)

RC – Mas também curto outras coisas disso aí tudo. Tem todo aquele negócio da comunicação por desenhos nash paredes...ou eram pedras? Ah, paredes de pedras! Enfim, arte rupestre, mora? Eu ia estar danado na vida nesse paleolítico aí. Tinha nem um violãozinho, bixo!

AM- Agora, que tal o seguinte: nós falamos algumas palavras e você fala a primeira coisa que vier à sua cabeça?

RC- Beleza, bixo!

AM – Invenção da roda.

RC – Calhambeque! Bi-bi!

AM- Fogo.

RC- (meio desconfiado) Pode falar de maconha na entrevista?

AM – Bronze.

RC – Rio de Janeiro, bixo!

(nesse momento percebemos o quanto deveríamos rever nossos conceitos quanto às matérias e os critérios nas escolhas gerais. Então... decidimos voltar ao cafezinho adocicado da Dona Nô)

domingo, 14 de fevereiro de 2010









Do Bloco da Traição e outras marchinhas

“Tão bom morrer de amor e continuar vivendo” (Mario Quintana)

Como nem tudo que balança cai, mas geralmente o que reluz termina em briga, não poderia ter tomado outro rumo toda aquela História.

Foi assim que pra pular o carnaval, pular o feriado e escapar da esposa pra pular umas cercas, Nunes Viana saiu de Minas Gerais e veio parar na Avenida Paulista, em pleno agito da serpentina que nunca tinha visto igual. Maravilhado, equilibrou seu espírito inquieto e decidiu desbravar todo esse trópico em busca de tantas cores e daquela felicidade que jamais pensara que iria conhecer (culpa do clima do Carnaval e talvez de umas drogas que descolara na Augusta).

Pensou consigo mesmo:

- Aquele empreguinho na capitania mal dá pra pagar o pingado e a sinuquinha de fim de semana. Fora os gastos da mulé: moda lusitana está os olhos da cara nos dias de hoje. Vou é montar um bloco de carnaval e sair por aí...

Decidido, entrou na primeira galeria que viu, comprou umas botas grandes, umas penas e saiu pela Sé, convencendo a quem quer que fosse a endossar seu intento. Como Quixote, estava cego por lhe parecer tão maravilhosa a idéia:

- Viste? Carnaval vai ser todo dia, toda hora e bora sambar porque tristeza nunca mais!!

Cruzou o interior, foi de ponta a ponta do Estado, gingando e suando as lantejoulas da fantasia e agregando cada vez mais foliões. Mas como em Murphy, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se fode, Nunes foi parar em São Vicente e lá encontrou uns tais valentões, bem do estilo das músicas do Roberto Carlos (El Rey Del Cruzeiro Del Sul) que não gostaram nada daquilo.

- Estamos aqui há anos e anos e anos e mais um pouco nessas terras e lá vem esses caras querendo roubar nossa fama, nosso sucesso, NOSSO OURO? Na-nani-na-não. Nada disso. A chinela vai cantar, pessoal!!

E foi assim que lá pras bandas do Capão da Traição (e o porque da traição, fica pra outro texto...), não teve refrão que acudisse nem carro alegórico que não testemunhou a grande briga dos Emboabas, nome esse dado ao bloco forasteiro; às avessas, uma reverência tupi e uma pincelada de violência tipicamente brasileira, onde o cachimbo é de ouro... e se precisar a gente empenha.

Postado por: Kátia Frávia, no Bloco do Eu Escrevendo Sozinha na Matula.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

(R. Oratório, Santo André)

"Para você, eu sou ateu. Para Deus, eu sou a oposição leal"
(Stardust Memories, Woody Allen)

Sempre tem uma tarde na vida em que ficamos com um incrível bom humor que chega ao ponto de até darmos chance de ouvir dois minutos de alguma baboseira qualquer da televisão. E no meu dia, eis que me deparo com R.R.Soares - e que aqui chamaremos carinhosamente de "SS Soares" por claras referências.

E então, o tal começa a responder à perguntas do público que ardorosamente (!) quer retirar suas dúvidas sobre a Bíblia.
- Missionário (sic!), se a Igreja condena a bebida alcoólica, como os religiosos podem tomar vinho? Não é pecado? O que a Bíblia diz sobre o vinho?

E eis que a eloquente voz de terno diz,

- Irmã, vamos ver a passagem da Bíblia que fala sobre o vinho!

Daí aparece a tal passagem na tela - que jamais lembrarei pelo escárnio e pelo excesso dos tais alcoólicos a que se refere -, algo falando que o vinho inebria o indivíduo. Por si só, o versículo é semi-inexplicável, mas para isso temos o nosso homem de terno e microfone, com muito amor pra dar, que se propõe a esclarecer a todos do que fala o livro sagrado nesse espaço.
Nesse ponto que completo minha sentença: além de mercenário, S.S. Soares é um ególatra.

Ao invés de explicar a porra da passagem, fica falando de como ele nunca precisou tomar uma gota de álcool, seja pra sanar o frio dos lugares mais gélidos do globo (onde ele já esteve) ou para aliviar o calor intenso de outros (os quais ele também já esteve).
E acaba por aí. Restringe sua opinião sobre qualquer assunto bíblico em suas andanças pelo mundo, falando também sobre si mesmo e usando o dinheiro alheio - porque, teoricamente, era pra ser de Jesus, ou Deus, sei lá... mas não pra ele viajar!

Mas, ouquei, tenho que relevar as inovações midiáticas e de expressões diversas. Comédia stand-up anda muito em voga e por que não fazer uso de novas técnicas, não é mesmo??

Desculpa, SS Soares, mas eu prefiro Bukowski.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009















Das silhuetas às barricadas

No princípio, era o tal feminismo.
Englobou-se um monte de idéias distintas e grupos cheios de intenções diferentes - e muitas vezes contrastantes ao extremo - em um único nome, em uma única luta que passou a ter cara de homogênea.
Se era mulher e se juntava a outra mulheres, era feminista. Mãe solteira? Feminista... Trabalha, goza, estuda, grita, não cozinha, luta? Batata: é feminista!
Mas, como diria um amigo, muita calma!!!
Pensar movimentos feministas e/ou liderados por mulheres como um só, como o "Movimento Feminista" é pura bobagem. Vejamos: umas (tais) feministas queimavam sutiãs; outras queimavam os homens, numa espécie de misoginia às avessas em que dar um tiro em Andy Warhol e trocar uma sociedade falocêntrica por uma vulvocêntrica (ou vaginocêntrica?) parecia resolver os problemas. Tem "Deus-Mãe" ao invés do "Deus-Pai" há mais de 40 anos com a teologia feminista bem ausente nos cursos teológicos e nas missas de domingo.
E por que não homens feministas, mulheres machistas ou indivíduos não alinhados à Isso ou Àquilo, mas à Outros?
Esse texto é só uma diluição desse rotulador ("feminismo") que limitaria as idéias às remetendo à qualquer conceito pré-formado, enlatado, fazendo com que não se cumprisse sua função como arte, linguagem e masturbação estética. Função esta de propor discussões e expôr, do concreto ao absurdo (cinema fantástico!), da experiência ao abstrato, do poético ao obceno, de tudo ao caos. Idéias não de mulher pra mulher, mas pra quem tiver afim de ler. Idéias, sim, de mulheres, mas não daquelas em que esmalte, cabelo, horóscopo, receitas novas, filhos, modas, etc etc deixam qualquer uma feliz. Outras mulheres. Nós, inclusive.

(só um trecho de um texto-zine de outros olhares, mas que coube aqui)

Postado por: Katch a Fire.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Trotski e a NPE ( Nova Política dos Estudantes)









Teria sido em 1922, uma guerra civil aqui, umas fomes acolá que os trotes animalísticos nas faculdades (mentais, psíquicas?) de todo o país – quiçá do mundo - teriam sido criados?

Blasfêmia em demasia. A procura de uma origem, um “era assim lá em não sei quando” seria quase uma perda de tempo nesse momento em que fast food trabalha assim:

- Confere: três hambúrgueres, um livro do Kuhn, dicionário bilíngüe e um copo grande de café sem açúcar. Fritas acompanha, compañero?

Há em tese uma grande teoria acompanhando toda a gritaria e tinta de cada começo de ano e início de ciclo.

A começar: integração pelo seu contrário. Com toda tensão criada – e confessemos que isso às vezes leva ao choro compulsivo dos menos aptos - , cria-se um elo entre os perdidos, recém-chegados e essa sensação de pertencimento a um grupo de minoria oprimido irá criar laços de amizade. Então, o fortalecimento da “classe bixística” irá agregar as diferenças para formular a próxima opressão no início do próximo ciclo, quando a hierarquia é, em partes, rompida. A condição é elevada – vira-se veterano -, mas o estado é eterno- sempre se será bixo de alguém.

Outro ponto é a desconstrução da vitória. Depois de passadas horas em frente a livros (e livros e livros e livros), poucas trepadas e muitas noites sem dormir, passar no vestibular é uma vitória. Mas isso não quer dizer absolutamente nada. O que virá será outro mundo e as distinções – teoricamente- não serão feitas no interior da Perversidade (ou Universidade, prefira um). Você é só mais um, malandro (e malandro é o gato que nasce de bigode)

Tudo é dual, no entanto. Blábláblá, esse é um novo mundo de conhecimento, blábláblá, você terá que continuar tentando passar por cima de algum idiota pra conseguir alguma coisa e se não quiser tchau, seu lugar não é aqui. Você continuará noites sem dormir, mas ao menos irá trepar mais. E será induzido a pegar o diploma, acenar para a câmera de seus parentes emperequetados e sorrir achando que venceu alguma coisa.

Mas... voltando ao trote.

Tem a parada da solidariedade. E tem mesmo. Tem gente que doa sangue e tem gente que vai beber em cerveja a grana das pessoas que têm mais de quinze mil pra comprar um carro. Completamente viável (e isso não é irônico). Desintegrar os cursos, falar mal das outras faculdades, persistir nos estigmas docentes e unificar as opiniões sobre aquele mundo que acabará em... 4,3,2,1 anos. Isso sem contar as Depreciativas Permanências (DPs). Pintam a cara porque agora você irá ser uma nova pessoa (transmutação existencial) e pode-se escolher a veste, se quiser.

Animador a Faculdade, não?


Postado por: Kátia on the sky (whit diamonds)

sábado, 13 de junho de 2009

A orgia das Descobertas

Dizem as boas e as más línguas também, que um dia vários Manueis e Joaquins resolveram testar a agilidade daqueles barquinhos que faziam naquela escola de Sagres (que, agora, segundo atesta um historiador brasileiro jamais existiu). Juntaram-se a um tal de Cabral e chegaram num pedaço de terra, do outro lado do Atlântico, no qual a vida litorânea era bem mais interessante do que nos portos de Lisboa. Segundo consta, esses portugueses foram mais espertos do que o tal espanhol Colombo, que morreu achando que tinha chegado às Índias. Neste aspecto, os portugueses lograram muito, pois não só receberam as novas terras como elas eram como resolveram aproveitar tudo o que podiam e depois chegar a tal das Índias, demoraram um pouco, no Brasil tinha mais coisas interessantes.
Anos depois, naufragou um conterrâneo desses mesmos e foi ele quem deu por aberta, oficialmente, a orgia das descobertas, Diego Álvares Correia, mais conhecido como Caramuru. Conta-se que não satisfeito com a filha oferecida pelo cacique tupinambá ainda flertava com a irmã.
Assim, portugueses e afins europeus se tornaram hereges perante as belezas do novo mundo. Embrenharam-se no meio das matas e pouco se lixaram para o tribunal da santa inquisição que os desejavam para o churrasquinho do domingo. Uns acreditaram que fossem desbravadores, o catolicismo metódico de devassos e as índias tiveram a mesma sensação que a Geni nas mãos do comandante do Zepelim. O olhar europeu grosseiro não entendeu que nudez era para ser admirada e não explorada.
Camila Maria

quarta-feira, 10 de junho de 2009

De como Leonel Brizola e João Goulart saem do Brasil em Trajes Mulherís Lá pelas Bandas de 60.

Ao término do dia, tilintou o telefone:
- Alô?
- Janguitcho? É o Brizola!
- Fala, Briza, tudo certo?
- Tudo ótimo! Tenho uma ótima novidade!
- Manda.
- Consegui dois ingressos pra ir naquela festa a fantasia que te falei, lembra?
- Ih, lembro não...
- Aquela no Uruguai, que a Carminha tá organizando...

- Ah, sei, sei. Sério que você conseguiu? Só você mesmo!!! Me conta aí como você pilantrou dessa vez...
- Há, há, eu tenho meus contatos, você sabe. Tava no sindicato fumando “um” quando o González apareceu lá e largou os convites na minha mão. Falou que tava vazando do país... sei lá, só sei que vai ser o bixo.
- Pois é, mas eu nem tenho fantasia...
- Nem eu. Ferrou! Tá encima da hora...
- Ah, vamos pegar alguma coisa lá em casa mesmo.
- Boralá.
Pegaram o Chevette verde estacionado no Palácio e passado pouco mais de uma hora, Brizola se impacienta:
- Porra, Jango, você é uma lesma na direção. Nunca vi. Acho que você deveria se arriscar mais...aqui, ó, vira à esquerda!
- À esquerda?
- É, eu sei o que eu tô falando. Se você virar à direita, vai ferrar todo o caminho, vai retroceder! À esquerda, vai...
E assim foi Jango, sempre tranqüilo...
Chegaram sem muitos percalços no caminho. A esposa de Jango tinha saído, deixan
do o espaço (e o armário) livre para os dois. Como não tinham muito tempo, encheram uma mochila de tudo que viam pela frente e zarparam para o centro.
- Porra, Brizola, que confusão é essa aqui na Central?
- Sei lá, vamos ver.
E desceram do carro, eufóricos como dois adolescentes em plena puberdade, levados pelos hormônios. Chega um hippie:
- E aí, bixo! Tu que ééé o da Jangada, nénão?
- Haha, eu mesmo. Prazer.
- Porra, cara, o prazer que é meu e da terra, bixo. Toma aqui um goró pra esquentar a noite.
E foi assim que em tempos (e em goles) de dois que Jango e Brizola ficaram deveras embriagados. Bêbados. Fedendo a pinga barata. E Jango vociferava:
- Láláiáláiá, não quero choro nem vela....quero uma fiiiiiiita amarela ...gravada (sic) com o nome deeeeeeeeela...canta, Briza!

- Fica quieto, Jango. Tu ta passando vergonha, mermão!
- Eu quero é falaaaar! (sic) Quer saber, vou lá encima (aponta pra direita e depois pra esquerda) e falar com to-do mundo(sic) que ta aqui!
E então, mais bêbado que o Batman, Jango fala, fala, fala e todo mundo ouve, ouve e aplaude e alguém lá no meio disse na saída:
- Belo comício do Jango. Honrou, fez bonito!
- É, enfeitou o Central. Concordo.
Mas daí como todo bom boêmio, Brizola arruma confusão por um rabo de saia, sai correndo pela multidão e encontra o amigo.
- Bora zarpar, Janguitcho! Tão querendo me arrancar o coro ainda vivo. A guria era casada!
- Já vi essa história um milhão de vezes...vamos, vai (sic!).
Correndo, tropeçando e rindo, os dois beberrões chegam no carro e decidem se vestir com as roupas trazidas, para disfarçarem-se. Era a lógica irracional etílica.
- Mas, cacete, Jan, só tem roupa de mulher aqui!
- Você queria o quê? Catamos tudo do guarda-roupa da mulé. Veste logo e não reclama!
Seguiram a 130, 140, 150 quilômetros por hora e não tardaram a chegar en tierra de nuestro hermanos. Cocotas, sorriram de alegria; bêbados, gargalharam de um tal de “exílio” que ouviram no noticiário das sete.
- É melhor assim, Briza. Minha mulher fica puta quando vou numa festa sem ela e chego tarde...

Publicado por: Catch a Fire

sexta-feira, 1 de maio de 2009

No início, era verso.


Sem lenço, sem documento e com um bocado de cerveja na geladeira, faremos desse espaço cibernético e "muderno" - como diria um grande amigo barbado - uma sala de casa aberta aos olhos, uma degustação de palavras da infâmia sobre aquilo tudo que tanto gostamos: a História.
Partimos então da difamação: de ouvido a ouvido, o valor simbólico (e irônico) de todos os boatos como mote primordial das nossas crônicas, que aqui serão jogadas, como carga em excesso de navio afundando. Sem muito, pra começar.
Desocupados do mundo, uni-vos!


Por Kátia Frávia